Conheça a trajetória de Robert Passage, presidente e CEO da Pivot Point
Robert Passage, primogênito de Leo Passage, tem praticamente a mesma idade da Pivot Point. Embora tenha nascido e crescido em meio a esse universo de beleza, trabalhar na empresa dos pais não foi a primeira opção do presidente e CEO da Pivot Point Internacional.
Assim como a irmã, Corrine, hoje vice-presidente da Pivot Point, Robert frequentou a Escola de Beleza a pedido do pai. "Ele queria que tivéssemos uma formação, um diploma sob o qual pudéssemos construir a vida se algo não desse certo. Para o meu pai, que não terminou o Ensino Médio, a educação era muito importante", contou Robert em entrevista ao canal Beauty School Bobbi.
A Escola de Beleza tomou os sábados e as férias de verão dos irmãos, mas foi extremamente importante para Robert entender como funcionava a indústria da beleza. Na época, ele tinha certeza que jamais seria um cabeleireiro. Gostava da vida ao ar livre, se imaginava como um guarda florestal ou algo do gênero. "Lembro que na minha formatura da Escola de Beleza meus professores me disseram 'Robert, eu sei que você não ama cortar cabelo, mas me faça um favor: quando sair da faculdade, essa é uma boa maneira de ganhar um dinheiro extra'".
E foi no segundo ano da faculdade que ele começou a considerar a possibilidade de trabalhar na Pivot Point. "Meu pai me visitou na faculdade e perguntou se eu já sabia o que faria da vida. Ele me convenceu de que o negócio da família tinha tudo para dar muito certo, que era uma oportunidade de prosperar", disse. Até aquele momento, Robert não entendia ainda como a Pivot Point funcionava. Mas a partir daquele dia uma chave dentro dele mudou, ele começou a levar a sério os estudos, cursou Business e decidiu que aquela seria sua maneira de se envolver na empresa da família.
Como Leo queria que ele entendesse "um pouco de tudo", Robert passou por várias áreas da empresa: recepção, financeiro, administração. Quando o pai contratou uma pessoa para dirigir a escola e essa pessoa saiu em três semanas, ele foi até Robert e disse "filho, é a sua hora de dirigir a escola". Com menos de um ano de formado, ele não tinha certeza se estava pronto, mas aceitou o desafio. O fato é que quando Robert entrou na Pivot Point, a escola tinha 150 alunos. Em três anos, o número saltou para 800.
Salão de beleza dentro do lago
Ainda que não fosse apaixonado pela profissão, Robert teve uma breve, porém divertida, carreira como cabeleireiro. Na faculdade, em 1981, ele e um colega de quarto alugaram uma casa no lago para passar as férias de verão. Como vários amigos iriam visitá-los no fim de semana, Robert decidiu seguir os conselhos dos professores e cortar alguns cabelos para fazer uma renda extra.
Ele abriu um "salão" no meio do lago. Levou uma banqueta, colocou-a dentro do lago e os "clientes" entravam na água, sentavam nessa banqueta e ficavam só com o pescoço para fora da água. Assim Robert cortava cabelos até não aguentar mais! E logo o salão de beleza dentro do lago ficou popular e a clientela aumentou.
A cada fim de semana ele atendia pelo menos 23 clientes e cobrava US$ 20 por corte -um bom dinheiro para a época. Mas logo ele percebeu que ficar seis (até oito) horas em pé na água não fazia muito bem para a pele. "E esse foi o fim da minha carreira como cabeleireiro".
Ela conta essa história hilária para lembrar a importância que é você encontrar um nicho, algo em que seja bom de verdade. "Eu sabia que não seria bom como cabeleireiro, ao contrário do meu pai, que tinha um verdadeiro talento criativo".
Rumo à 4ª geração da família Passage
Robert é casado há 38 anos com Jaye Lee, com que tem três filhos: Nicole, Corey e Brandon. Nicole trabalha em uma editora digital em Nova York. Já os meninos seguiram os passos do pai, estudaram Business e também trabalham na Pivot Point. "Eu nunca forcei meus filhos a entrarem para os negócios da família. Foi uma decisão deles, que partiu do interesse deles. Eu sempre disse 'escolha algo que vá fazer você feliz, não importa quanto dinheiro vai ganhar, o mais importante é quão feliz você vai ser".
Assim como o pai e a tia, Corey e Brandon também frequentaram a Escola de Beleza e têm o certificado de cabeleireiro. Mas a relação entre pai-filho-chefe é bem diferente da que Robert tinha com Leo. "Eu reportava tudo ao meu pai. Do 1º dia de trabalho até o dia em que ele morreu, literalmente: na noite antes de falecer, ele me mandou e-mail sobre os negócios", recordou na ocasião da entrevista ao Beauty School Bobbi.
Robert não quer esse tipo de relação com os filhos. "Trabalhar comigo tudo bem, mas não se reportem a mim. Reportem a outra pessoa". Para Robert, é muito importante que não apenas seus filhos, mas todo o seu time saiba que eles podem cometer erros e aprender com eles, crescer com eles. Por isso, o CEO os encoraja a correr riscos assim como seu pai o encorajou. "A faculdade não vai te ensinar tudo. E você aprende falhando, tentando. Meu pai teve que falhar mil vezes para ter sucesso".
Depois do falecimento de Leo, Robert levou a Pivot Point para outro nível. "Gosto de pensar que meu pai está em algum lugar nos vendo, sorrindo e pensando 'isso aí, bom trabalho!'. E meus filhos vão fazer o mesmo", finaliza. E, assim, o legado dos Passage continua.
Lição n°1 do CEO
"Aproveite o curso, absorva o máximo que puder, e enquanto estiver estudando tente descobrir o que você realmente quer fazer. Você não precisa passar a vida toda atrás de uma cadeira para ter sucesso. Há tantas oportunidades na nossa área! Conheço muitos alunos que querem ter o próprio negócio e acho ótimo. Mas trabalhem para os outros antes, cometam erros. A vida é aprender."
Robert Passage